Voto útil de direita será imprescindível para evitar remake de 2020
A oposição ao PSB se fragmentou em quatro pré-candidaturas, Anderson Ferreira (PL), Marília Arraes (Solidariedade), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB). Todos contra Danilo Cabral, responsável por manter a hegemonia do PSB em Pernambuco. Apesar de haver uma convergência de todos serem oposição, os campos políticos que atuam os pré-candidatos são distintos.
Marília Arraes e Danilo Cabral disputam o voto de centro-esquerda, historicamente maior em Pernambuco. Já Anderson Ferreira, Miguel Coelho e Raquel Lyra disputam um fragmento menor, que é o eleitor de centro-direita. Basicamente o que aconteceu na eleição do Recife em 2020.
No Recife, Mendonça Filho e Patrícia Domingos tiveram quase 40% dos votos válidos, e ficaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente, observando um segundo turno entre João Campos e Marília Arraes, ambos de esquerda. Com três nomes de centro-direita, há novamente o risco de Danilo Cabral e Marília Arraes avançarem para o segundo turno, salvo aconteça um sentimento de voto útil da direita para o nome que aparecer mais competitivo na reta final do primeiro turno.
Construir esse sentimento no eleitor anti-PT e anti-PSB é o grande desafio dos postulantes do PL, do PSDB e do União Brasil, pois para que um nome atinja algo em torno de 30% dos votos válidos e consiga carimbar o passaporte rumo ao segundo turno, os outros dois nomes teriam que minguar a um dígito. Por isso não se pode descartar a hipótese de os dois candidatos mais à esquerda estarem na segunda etapa em outubro.
Fonte – Edmar Lyra
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