A Frente Popular esteve unida em algumas eleições e se separou em outras, mas especificamente entre 2006 e 2010 com a ascensão de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco após PSB e PT lançarem candidaturas próprias, a unidade do grupo rendeu vitórias em 2008 no Recife e 2010 no estado, com a reeleição de Eduardo e a vitória de Humberto Costa para o Senado.
Mas desde 2012, graças a uma falta de unidade do próprio PT que retirou o direito legítimo de disputar a reeleição do então prefeito João da Costa, que os dois partidos ficaram em campos opostos na capital pernambucana. Desde então, houve idas e vindas, como a reaproximação no estado em 2018 com as reeleições de Paulo Câmara e de Humberto Costa, o afastamento em 2020, quando João Campos e Marília Arraes foram ao segundo turno no Recife e a reaproximação em 2022, quando encerrou-se a hegemonia do PSB no estado, mas ainda assim o PT conseguiu eleger Teresa Leitão para o Senado.
Desde a vitória de João da Costa em 2008 que os dois partidos não marchavam juntos no Recife, mas isso deverá voltar a acontecer em 2024, quando o PT caminha para apoiar a reeleição de João Campos. A unificação do campo de esquerda é extremamente benéfica para o projeto da Frente Popular, uma vez que a tendência é de fragmentação no eleitorado de centro-direita e mais especificamente no eleitorado bolsonarista.
Historicamente a esquerda tem mais força no Recife, pois em apenas duas ocasiões desde a volta das eleições diretas em 1985 que a direita sagrou-se vitoriosa, em 1988 com Joaquim Francisco e em 1996 com Roberto Magalhães, que vale ressaltar, elegeu-se lastreado na popularidade de Jarbas Vasconcelos, que havia se aproximado do PFL, mas historicamente sempre foi uma liderança de esquerda. Portanto, após a visita do presidente Lula na última quarta, que selou ainda mais a aliança entre PT e PSB, a Frente Popular tende a se fortalecer com o projeto de reeleição de João Campos em 2024.
Fonte – Edmar Lyra
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