Priscila Krause denuncia ao TCE e MPCPE compra de imóveis e terrenos feitos pela Prefeitura do Recife
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) usou as suas redes sociais para informar que protocolou, na última segunda-feira (4), denúncias a respeito do caso no Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) e no Ministério Público de Contas do Estado (MPCPE).
A parlamentar revelou a compra, por parte da Prefeitura do Recife, de 12 bens (entre imóveis, galpões e terrenos) nos últimos dias de mandato do ex-prefeito Geraldo Julio (PSB).
“Protocolei há pouco denúncia no @tcepe e no @MPCPE a respeito do pacote de imóveis comprados pela gestão Geraldo Julio na última semana de gestão. São cerca de R$ 50 milhões de prédios, terrenos… Galpões no Cabo! Tudo às pressas, em plena crise fiscal do estado brasileiro”, escreveu a parlamentar.
A Secretaria de Educação do Recife iniciou o processo de compra, sob regime de urgência, de vários imóveis e terrenos que, segundo a pasta, servirão para a “expansão do parque escolar”.
As aquisições chamaram a atenção de parlamentares de oposição, que exigem explicações do Executivo municipal sobre a necessidade das compras, bem como os laudos que embasam os valores negociados nas transações.
Um galpão logístico no Cabo de Santo Agostinho, comprado via dispensa de licitação por R$ 12,8 milhões, além de nove prédios e dois terrenos desapropriados pelo Executivo em caráter de urgência foram as aquisições da Prefeitura do Recife.
Na publicação que fez na segunda-feira (5) nas redes sociais, Priscila fez questão e cobrar um posicionamento do atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), a respeito do caso.
“Os documentos foram destinados à procuradora-geral do Ministério Público de Contas de PE, dra. Germana Laureano, e ao relator das contas da Sec. de Educação do Recife em 2020, cons. Carlos Porto. Resta saber a opinião do novo prefeito JoaoCampos, que ainda não se posicionou”, disparou Priscila Krause.
A gerência de imprensa da prefeitura foi procurada na manhã desta terça-feira (5) para comentar o caso, mas informou que a Secretaria de Educação do Recife, atualmente comandada por Fred Amâncio, falaria sobre o tema.
Quando a prefeitura ainda era liderada por Geraldo Julio, a gestão informou que a compra dos bens foi realizada para garantir a “ampliação do número de vagas na rede pública municipal”, demanda que teria crescido ao longo de 2020.
“Com a pandemia, seja pela crise financeira nacional ou pela opção dos pais devido à melhoria da qualidade do aprendizado e da estrutura das escolas recifenses, a Rede Municipal se planejou para garantir educação para todas as famílias que demandam vagas”, dizia o comunicado.
Fonte – Portal de Prefeitura