A voz da oposição em plena pandemia
Grandes nomes não surgem do nada na política. Sempre existe uma reação ou um fato que dê destaque a liderança que possa mais para frente levantar bandeiras e buscar cargos seja no executivo ou no legislativo. Foi assim por exemplo quando o ex-presidente Lula foi jogado na oposição durante os anos 1989, 1994 e 1998 e através de sua posição firme na oposição de todos os governos conseguiu o sucesso eleitoral em 2002.
Em 2010 com a primeira eleição da Presidente Dilma, surgiu um discurso contra a esquerda e contra algumas pautas principalmente conservadoras: Jair Bolsonaro. Em 2014, Bolsonaro tentou mas não obteve legenda para disputar a presidência da república quando era filiado ao PP, algo que só aconteceu em 2018.
Não só nacionalmente, mas aqui em Pernambuco mesmo durante os oito anos de governo Jarbas, Eduardo Campos foi oposição. Humberto Costa também. Agora temos grandes nomes no campo oposicionista: O prefeito de Petrolina Miguel Coelho, o prefeito de Jaboatão Anderson Ferreira, a prefeita Raquel Lyra de Caruaru, a deputada federal Marília Arraes. No entanto, não temos ainda uma voz para que tenha se levantado firmemente neste campo para que a população sinta firmeza e diga: Vamos com este daqui.
Um exemplo, é a dúvida com relação ao decreto estadual do governo do estado. Não ouvimos de nenhum nome de oposição ao palácio alguém que criticasse o governador Paulo Câmara. Tem sim algumas críticas feitas por deputados como Clarissa Tércio e Alberto Feitosa. A alguns dias, o prefeito Miguel Coelho chegou a colocar uma dúvida de que a cidade do Recife estaria sendo privilegiada em detrimento das outras. Quem respondeu não foi ninguém de Pernambuco, mas Beto Albuquerque que já foi candidato a vice-presidente do PSB em 2014.
É lógico que o assunto requer cuidados e não é para se fazer política com algo tão grave como a pandemia da covid-19 que ontem fez mais uma vítima fatal no senado federal. Enquanto prefeitos de cidades grandes evitam o combate, os das cidades pequenas resolvem tomar para si as dores como foi o caso do prefeito de Belo Jardim Gilvandro Estrela (DEM) que disse que o seu pessoal não ia fiscaliza nenhum trabalhador. Levou uma recomendação do MPPE. Ele não é o único, tem muitos outros pensando da mesma maneira até porque a bomba cairá no colo dos prefeitos.
Fonte – Blog Silvinho Silva