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Armando e Mendonça em busca do protagonismo perdido

Perder uma eleição majoritária e ficar sem mandato pode ser o fim para muito político. O período no “sol” que algumas lideranças amargam após insucessos nas urnas não deve, contudo, ser interpretado como aposentadoria para quem acha que ainda tem gás. Em Pernambuco, temos (pelo menos) dois casos desse tipo envolvendo políticos de atuação nacional. Estou falando de Armando Monteiro Neto e Mendonça Filho, que integraram a chapa da oposição no estado em 2018.
Os dois já tornaram público que vão disputar novos mandatos de deputado federal e usar a tribuna da Câmara para regressar aos espaços de poder e retomar o protagonismo perdido. Tanto Armando quanto Mendonça já estão em pré-campanha rodando o estado, fazendo entregas com prefeitos aliados e ocupando espaços de fala na imprensa, exposição em redes sociais e os holofotes, vindo com posicionamentos sobre temas polêmicos.
Filiado recentemente ao PSDB depois de ter o comando do PTB surrupiado pelo pitoresco Roberto Jeferson, que depois entregou o partido ao Coronel Meira, Armando tem posicionamento claro: vai investir no antibolsonarismo e no voto de estrutura para retornar ao parlamento. Ex-ministro, ex-deputado, ex-senador e ex-presidente da CNI, Monteiro Neto, entretanto, não planeja mais concorrer a governador depois de não ter logrado êxito em duas eleições. Mas vale ressaltar que Armando tem uma vasta experiência que pode emprestar a Pernambuco e ao Brasil na Câmara.
Mendonça, depois de 2018, quando tentou o Senado, concorreu à Prefeitura do Recife ano passado. Apesar de ter perdido, o ex-governador consolidou ainda mais seu nome em parte do eleitorado de direita, mesmo os que não estão com o presidente. Ao contrário de Armando, o ex-ministro da Educação tem, sim, planos majoritários de ser prefeito da capital. Independentemente do caminho escolhido, tanto Armando, quanto Mendonça, estão aí, não aceitam cair no esquecimento e querem retomar a dianteira do processo.
Fonte – Fala PE

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