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Capacidade de empréstimo de PE pode mudar tônica do debate 2022

A aposta já vinha sendo feita há algum tempo pelo secretário da Fazenda, Décio Padilha. Essa semana, a projeção se confirmou. O Estado obteve, na última quinta-feira, a classificação na Capacidade de Pagamento (Capag) nível B, concedida pelo Tesouro Nacional, que apura a situação fiscal dos Entes Subnacionais interessados em contrair novos empréstimos com garantia da União. O respiro não vale só para o caixa do Estado, mas pode mudar a tônica do debate de 2022 na Frente Popular. Nas palavras de auxiliares do governador Paulo Câmara, “em ano eleitoral, isso dá um fôlego grande”. Na leitura de outro integrante da administração estadual, isso pode até permitir ao PSB “se isolar da eleição nacional”. Leia-se: não ficar tão dependente da demanda do PT na corrida presidencial.

A nova classificação permitirá ao governo contrair, a partir janeiro, empréstimos numa margem de até R$ 2,4 bilhões. “Com esse espaço fiscal, pode surgir um novo Paulo Câmara”, observa um socialista, em reserva, à coluna. E traduz o seguinte: a gestão Eduardo Campos equivaleu a um canteiro de obras, o que demandou investimentos elevados. Isso equivale a dizer que a herança de Eduardo Campos, embora tenha rendido entregas vultosas e visibilidade ao, então, presidenciável, resultou também em uma conta alta a se pagar, o que, de alguma forma, limitou a capacidade de Paulo Câmara de atingir proporção de feitos semelhante.

Houve, no PSB, quem observasse que 90% de aprovação era uma conta cara de se pagar e Eduardo perseguiu essa meta. Paulo Câmara, além de crise na economia, esbarrou em crise na Segurança Pública e trabalhou para superar, o que demandou novos desembolsos, entre outras obrigações do Estado. Agora, com a renovação desse espaço fiscal, há quem aponte benefício para o projeto eleitoral do PSB em 2022 e até mais flexibilidade para escolha do candidato. Em meio aos resultados nas Finanças, já não se descarta mesmo o nome de Décio Padilha como alternativa para encabeçar a chapa majoritária e, nas hostes socialistas, se compara a opção com o fato de Paulo Câmara também ter sido secretário da Fazenda, assim como Eduardo Campos. As costuras são incipientes, mas o “dinheiro novo” renovou também o ânimo na tropa.

Fonte – Folha PE

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