Operação contra lavagem de dinheiro cumpre mandados em três estados e mira grupo que movimentou R$ 250 milhões
A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira (22), mandados de busca e apreensão e sequestro de bens contra suspeitos de envolvimento com um grupo acusado de lavagem de dinheiro, remessas clandestinas de capital e outros crimes.
O esquema é comandado por doleiros com atuação no Brasil e nos Estados Unidos, e o grupo movimentou R$ 250 milhões nos últimos dez anos, segundo os investigadores.
Os mandados, emitidos para endereços no Grande Recife, em Belo Horizonte e em Iguaba Grande (RJ), fazem parte da segunda fase da Operação Amphis. Não foram divulgados os nomes dos alvos, que se tratam de doleiros e operadores financeiros ligados a eles (entenda o esquema mais abaixo).
A PF informou que foram sequestrados, por ordem judicial, quatro apartamentos localizados no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, pertencentes a um casal de doleiros.
Esse casal possui casas de câmbio no Recife e também em Porto de Galinhas, Ipojuca, no Litoral Sul do estado, e tem negócios semelhantes na Flórida, nos Estados Unidos, ainda de acordo com os investigadores.
Também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em sedes de empresas e em residências dos suspeitos. Além disso, a Justiça Federal em Pernambuco determinou o bloqueio de contas de empresas ligadas aos investigados.
Segundo a PF, os alvos dos mandados de busca e apreensão são operadores financeiros que auxiliavam os doleiros nas atividades criminosas, principalmente realizando transações bancárias.
Na primeira fase da operação, ocorrida em outubro de 2020, os alvos foram doleiros do Recife suspeitos de auxiliar um grupo criminoso que abria contas com documentos falsos ou em nome de empresas-fantasma.
“Se trata do mesmo grupo de doleiros que foi identificado na primeira fase da investigação. Com o resultado do material aprendido, descobriu-se a relação desses doleiros com outros operadores financeiros”, explicou o delegado federal Daniel Silvestre, responsável pela investigação.
Os crimes investigados são evasão de divisas, manutenção de instituição financeira clandestina, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Fonte – G1