Notícias

“Tenho certeza de que aquilo ali foi um teatro”, diz Miguel da Motta Silveira sobre pedido de perdão do réu

O advogado Miguel da Motta Silveira, sobrevivente do desastre que levou à morte sua esposa Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, de 39 anos, seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de 3 anos, e a secretária doméstica Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, participou nesta terça-feira (15) do julgamento de João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que dirigia o veículo que colidiu com o carro das vítimas, em 26 de novembro de 2017. A denúncia oferecida pelo Ministério Público indica que houve três homicídios dolosos (com intenção de matar) e duas tentativas de homicídio, já que a filha mais velha do casal, Marcela Guimarães da Motta Silveira, que tinha então 5 anos, também sobreviveu à tragédia. 

Durante o julgamento, João Victor se jogou no chão pedindo perdão a Miguel aos gritos: “Me perdoe, me mate! Eu não queria machucar sua família nem ninguém”. Sobre esse ocorrido, Miguel se manifestou demonstrando não enxergar verdade no pedido de perdão do réu. “Pela atuação dos advogados, eu tenho certeza de que aquilo ali foi um teatro. Eu não queria nem pensar dessa forma, mas a condução dos advogados só nos leva a isso. Ele teve quatro anos e três meses pra fazer isso e não fez. Não posso julgar, mas tenho cada vez mais convicção de que foi sim encenado”, falou.

Explicando porque não acreditou na manifestação de João Victor, Miguel mencionou o comportamento do réu durante o julgamento. “A gente vê que não foi uma coisa natural porque ele estava ali havia muito tempo, ouvindo as acusações. O comportamento dele dentro do cotel em nenhum momento foi de arrependimento. Recebo sempre informações sobre isso, que nem queria receber. Para mim João Victor sequer existe, não tenho tempo para ele no meu coração ou na minha cabeça. Apenas para minha filha e para a minha saudade e tristeza”, falou. 

Miguel ainda completou afirmando que a defesa de João Victor apresentou uma visão errada que a sociedade não aceita mais “O que a gente viu ali, no meu entendimento, foi uma apologia invertida às drogas: ‘vamos se drogar e cometer crimes que a gente vai ficar impune’. A sociedade não evolui com esse tipo de pensamento”. 

Fonte – Diário de PE 

#politicapernambucana #politica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *