Alianças arranhadas em Pernambuco e a disputa pela Codevasf
Quando na semana passada os quatro senadores do Republicanos (Cleitinho (MG), Damares Alves (DF), Hamilton Mourão (RS) e Mecias de Jesus (RR) obstruíram, na Casa Alta, a pauta que garantiu a autorização de empréstimo de R$ 2 bilhões para o Recife, acenderam o alerta no PSB de Pernambuco. E estremeceram as articulações para a superintendência da Codevasf.
Que “aliado” seria o deputado federal Silvio Costa Filho que não consegue desempenhar com seus pares a mesma articulação traçada junto ao prefeito da capital, João Campos (PSB), na busca pelo comando do órgão no estado? A Codevasf teve no ano passado R$ 1,2 bilhão no orçamento federal e está na lista das estatais mais disputadas. Consequência também da interlocução que ela mantém com governadores e prefeitos do Nordeste.
Há muito o deputado se vale da confiança conquistada pelo mais jovem prefeito do país junto ao presidente Lula para emplacar o cargo. Depois da postura dos quatro correligionários no Senado, Silvio Costa Filho tem se garantido da condição de quarto mais votado no Estado – 162.056 votos para o segundo mandato – e se colocado como parlamentar disciplinado e dedicado.
É hora de o PT – que com vistas às eleições de 2024 e, claro, também às de 2026, anda pisando em ovos na aliança com João Campos – renovar as energias e fortalecer em Pernambuco a legenda petista. Para isso, não bastam cargos irrisórios, como a Superintendência Regional do Trabalho ou a presidência de um combalido Instituto de Colonização e Reforma Agrária. Com todo o respeito à sindicalista Suzineide Rodrigues, superintendente da SRTb, e ao agricultor familiar Givaldo Cavalcante, presidente do Incra. O que está em xeque agora é a imponência de uma Codevasf.
Fonte – Blog Cenário