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Gastos da Prefeitura do Recife no combate ao coronavírus geram embate

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) assinou contratos no valor de R$ 670,2 milhões para a futura compra de bens e serviços utilizados no combate ao coronavírus, segundo um levantamento feito pela deputada estadual Priscila Krause (DEM). Nesta quinta-feira (14), as redes sociais chamaram a atenção para esses gastos. Também utilizando as redes sociais, a PCR disse que a informação “é falsa” e “até agora a Secretaria de Saúde empenhou R$ 287,3 milhões e os gastos somaram R$ 123 milhões”.

“Despesas contratadas no valor de R$ 670 milhões representam muito dinheiro. Os gastos contratados em São Paulo somam R$ 287,7 milhões, enquanto os do Rio de Janeiro alcançam R$ 226, 7 milhões”, resume Priscila Krause.

Pela lei federal 13.979 os Estados e municípios têm que informar todos os gastos com o covid-19 nos seus portais da transparência. No portal da (transparência) da PCR são 17 páginas de um documento tipo PDF com os contratos firmados, há informações sobre o valor total (que ultrapassam os R$ 670 milhões), mas não diz o quanto foi pago nem empenhado (processo que resulta no pagamento). E os contratos têm datas de vencimentos diferentes, como setembro,dezembro etc.

Priscila argumenta que os dados dizem respeito aos contratos assinados até 12 de maio último. “Quando eles rebatem os meus dados usam somente os gastos da Secretaria de Saúde, como não tivessem feitos gastos por outras secretarias. Está ocorrendo uma desproporção entre a assistência oferecida à população e os gastos contratados”, afirma.

Outro dado que chama a atenção no levantamento feito por Priscila Krause é o valor que pode ser repassado às Organizações Sociais de Saúde (OSS): R$ 191,1 milhões para a gestão dos hospitais provisórios.

Este ano, haverá eleição para prefeito. Priscila pode ser uma pré-candidata ao cargo e faz parte da oposição ao grupo político do prefeito Geraldo Júlio (PSB) que pretende disputar o pleito com o deputado federal João Campos (PSB).

Em nota, a PCR informou “que os números verdadeiros são os citados pelo município e que a deputada confunde valor empenhado com a soma dos processos de aquisição e contratação publicados. Esses processos podem ser concretizados ou não. Sobretudo em uma época de grande incerteza de fornecimento como a que estamos vivendo”. Isso significa que os R$ 670 milhões contratados podem não saírem do papel.
Fonte – JC

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