Notícias

Câmara pede que Prefeitura do Recife crie boletim com disponibilidade de leitos e taxa de ocupação das UTIs

A Câmara do Recife aprovou hoje, por unanimidade, um requerimento de autoria do vereador Jayme Asfora para que a Prefeitura do Recife passe a divulgar diariamente, e em todos os seus canais de comunicação, um boletim epidemiológico nos moldes do que é feito pelo Governo do Estado, com dados sobre a quantidade de leitos, efetivamente, disponíveis em cada um dos sete hospitais de campanha, bem como a taxa de ocupação e de leitos ociosos.

“O que buscamos é mais transparência sobre esses dados. O mais estranho, em nossa avaliação, é que segundo o site dadoscovid19.org, lançado semana passada através de uma parceria entre o município e o Porto Digital, no último sábado (30), havia 86 pessoas internadas em leitos de UTI da cidade, sendo que o total de vagas que estão, efetivamente, disponíveis é de 127. Com isso, temos uma taxa de ociosidade de 35%, mesmo com uma fila de pacientes ainda à espera de uma transferência”, disse Asfora.

“O grande problema, por parte da gestão Geraldo Júlio, mais uma vez, é a falta de transparência. Desde o último dia 5 de maio, a Prefeitura tem divulgado que entregou à população, concluídos e em funcionamento, sete hospitais. Mas a verdade, devido a problemas como a falta de respiradores, por exemplo, somente 127 leitos de UTI – dos 313 anunciados – podem receber os doentes. E o prefeito continua insistindo em não dar as respostas necessárias e em atacar quem faz as cobranças”, afirmou, nesta terça.

“Além disso, o mesmo site com dados sobre a Covid informa que, no dia 28 de maio, havia 213 pacientes a espera de um leito de UTI na central de regulação do Estado e uma taxa total de ocupação de 96% em Pernambuco”.

“As informações são bem contraditórias entre a situação do Estado e a do Recife. Como podemos ter algum tipo de ociosidade de leitos se somos responsáveis por 46% do total de casos do Estado. A Prefeitura será obrigada a mostrar, com esses boletins, quantas pessoas doentes na nossa cidade esperam por uma vaga de UTI, qual o tempo médio de espera, tudo isso”, ressalta.
“Todos esses dados não são apenas números. Essas informações se referem às pessoas de carne e osso que estão, na maioria dos casos, aguardando – ou pior, morrendo – nas UPAs e policlínicas por um atendimento que pode salvar suas vidas”, discursou.
Fonte – Blog do Jamildo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *