Um dos principais nomes da oposição no Recife, o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) não foi óbice para o entendimento da oposição em 2018, que teve as candidaturas de Armando Monteiro para governador, Bruno Araújo e Mendonça Filho para o Senado. A aposta de Daniel, apesar de não dizer publicamente, era de uma vitória da coligação liderada por Armando para que o grupo pudesse apoiá-lo na disputa pela prefeitura do Recife.

Daniel era o candidato natural da oposição nas eleições deste ano, pois tem densidade eleitoral e não teve nenhuma exigência em 2018 para contribuir com o entendimento do grupo, porém o ex-deputado Mendonça Filho, derrotado na disputa pelo Senado, decidiu novamente colocar sua pré-candidatura, o que naturalmente tirou a condição de um entendimento automático em torno de Daniel como ele planejava.

Ambos não contavam com o surgimento de um terceiro nome competitivo, que foi o da delegada Patrícia Domingos, que na condição de outsider, tem crescido junto ao eleitorado recifense que tradicionalmente marcharia com Daniel ou Mendonça, mas que agora mostra o desejo por um nome novo que está em pé de igualdade com os nomes tradicionais.

Será difícil construir o entendimento oposicionista, uma vez que todos desejam encabeçar a chapa e de forma legítima acreditam que são a melhor opção para a disputa municipal de novembro, mas se política tivesse fila, o nome natural da oposição para disputar a PCR era o do deputado federal Daniel Coelho, que demonstrou bom desempenho eleitoral nas duas últimas disputas pelo comando da capital pernambucana e buscou o entendimento do grupo em 2018.
Fonte – Edmar Lyra

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