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Ambiente favorece João

Na eleição de 2020, o prefeito João Campos enfrentou uma rejeição ao PSB que já dava sinais de recrudescimento, mas que seria observada de forma mais latente nas eleições estaduais de 2022, quando o candidato do partido ficou na quarta colocação para o governo de Pernambuco. Apesar das dificuldades, a conjuntura levou ao segundo turno dois atores do mesmo campo político e de uma mesma linhagem familiar: João Campos x Marília Arraes.

Naquela ocasião, a rejeição ao PT acabou prevalecendo e o eleitor fez novamente uma opção pelo PSB, repetindo 2016. Ao que tudo indica, o cenário pode se repetir. Mesmo com uma aliança com o PT, formada no início do ano, João Campos consegue transitar na classe média e no eleitorado mais à direita, prova disso é sua aprovação de mais de 66% junto ao eleitorado recifense apresentado pelo Paraná Pesquisas.

As opções que podem ser apresentadas são Daniel Coelho (Cidadania), Túlio Gadelha (Rede Sustentabilidade) e Gilson Machado (PL). O primeiro como um nome mais ao centro, enquanto os outros dois trilham caminhos opostos, Túlio mais à esquerda e Gilson mais à direita. Num eventual segundo turno, João teria mais dificuldade com Daniel Coelho, mas nada que inviabilizasse seu projeto, já com Gadelha ou Machado, João receberia votos de todos os eleitores ideológicos contra seu adversário, pois nem o eleitorado bolsonarista votaria em Túlio, nem o eleitor de Túlio optaria por Gilson Machado.

Faltando pouco mais de um ano para a oficialização de candidaturas, João Campos possui uma gestão bem-avaliada e tem ao seu favor uma conjuntura política e ideológica que acabou beneficiando o PSB nas últimas eleições vencidas pelo partido.
Fonte – Blog Edmar Lyra

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