Associação Comercial de Pernambuco apela à Bolsonaro por linha de crédito emergencial
Na manhã desta quarta-feira (18), o vice-presidente da Associação Comercial de Pernambuco (ACP), Tiago Alencar Carneiro, publicou um ofício apelando ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para criação de uma linha de crédito emergencial em socorro dos empresários locais. A medida seria para diminuir os prejuízos causados pelo surto de coronavírus no Estado. O documento foi entregue ao coronel Meira, candidato a deputado federal em 2018.
O texto alega que as medidas na ordem de R$ 150 bilhões, anunciadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na segunda-feira (16), seriam insuficientes para mitigar o impacto econômico do vírus. Os comerciantes de pernambuco também citam a prorrogação de dívidas por 60 dias, anunciadas por alguns bancos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
“Nós enviamos esse documento para que tivéssemos alguma forma de apoio por parte do governo federal. Acreditamos que teremos retorno com alguma medida. Talvez não a linha de crédito a juro zero, mas o pedido é excepcional para uma situação excepcional”, afirmou Carneiro.
Segundo o empresário, o comércio local já sente os efeitos das medidas contra a Covid-19. “Com menos pessoas nas ruas as empresas já sentem uma queda no faturamento. Ainda não temos números oficiais, mas a situação é temerária”, explicou Carneiro.
O coronel Meira alegou ter mandado o ofício para o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, e para o deputado federal Luis Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP). Ao Diário, Gilson Machado confirmou ter recebido o documento da ACP e encaminhado para o presidente Jair Bolsonaro ainda nesta quarta.
Meira, Machado Neto e Luis Phillipe são signatários da criação do partido idealizado por Bolsonaro, o Aliança, em fase de coleta de assinaturas.
Sobre o ofício da ACP, Meira lamenta a situação do comércio em Pernambuco durante a pandemia. “As empresas precisam pagar os salários de seus colaboradores, e com a baixa nas vendas e consumo, fica praticamente inviável para os empresários honrarem seus compromissos mensais, como salário, água, aluguel, internet e tributos”, disse o ex-candidato.
Fonte – Diário de PE