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Caixas com 99 testes para detectar Covid-19 são jogadas em rua de Paulista, no Grande Recife

Caixas com 99 testes para a detecção da Coivid-19, doença causada pelo novo coronavírus, foram encontradas depois de serem jogadas em uma rua de Paulista, no Grande Recife. Nesta segunda-feira (8), a prefeitura enviou um ofício à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) para investigar a origem do material descartado de forma irregular.

De acordo com a secretária de Saúde de Paulista, Fabiana Bernart, as embalagens com os testes estavam em caixas térmicas e dentro de um saco branco usado para colocação de resíduos hospitalares.
“Como o material ficou exposto a temperaturas elevadas, deverá ser inutilizado. É o que os técnicos da cidade recomendaram. A decisão final ficará com a Apevisa”, afirmou.

A prefeitura informou que a descoberta dos testes, em uma rua do bairro de Paulo Amarelo, perto da praia, aconteceu há cerca de dez dias. Desde então, disse Fabiana Bernart, a administração municipal começou a investigar para saber se os lotes pertenciam à cidade.
Ainda segundo a gestão municipal, o alerta foi feito por um dono de banca, que encontrou os sacos e se assustou quando percebeu o que tinha dentro. O município recebeu a informação de que um homem em uma bicicleta descartou o material.

“Desse material foi desviado ou subtraído de algum município, mas não é de Paulista. Ficamos preocupados e queremos saber como eles foram parara aqui e desse jeito. Avisamos para as autoridades estaduais e hoje [segunda] formalizamos a solicitação, por ofício”, comentou.
Cada teste custa cerca de R$ 150, segundo Fabiana Barnart. Os kits encontrados nas caixas térmicas tinham, além da embalagem, uma lanceta (para perfurar o dedo) e um reagente. Todo o material está no prazo de validade e pose ser usado até 2021.

“Interessante é que cada embalagem deve ter 20 testes. Em algumas delas, estavam faltando um ou dois. E também tinha uma caixinha sem o reagente. E em cada caixinha tinha um nome de uma pessoa”, comentou a secretária de saúde.

Governo
Por meio de nota, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) informou que foi comunicada pela prefeitura de Paulista da situação e orientou o município a fazer uma queixa formal à polícia, “para que o caso seja apurado e os responsáveis recebam as devidas sanções”.
Ainda segundo a agência, em caso de armazenamento inadequado do produto, “em descumprimento às determinações do fabricante”, ele deve ser descartado logo após o fim das investigações.
A nota afirma, ainda, que “os testes rápidos foram adquiridos pelo Ministério da Saúde e repassados aos Estados. Pernambuco encaminhou os testes para os municípios por meio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems)”.
Fonte – G1

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