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Defesa Civil vistoria morros do Recife para diagnosticar grau de risco em áreas de barreiras após as chuvas

Cerca de 15 mil famílias vivem em nove mil pontos críticos nos morros do Recife. Depois das chuvas do fim de maio e começo de junho, que deixaram 129 mortos no estado, sendo 50 na capital, a Defesa Civil deu início a um trabalho de reclassificação nas áreas elevadas. A meta é saber em quais localidades o grau de risco de deslizamentos aumentou por causa dos temporais (veja vídeo acima).

De acordo com a Defesa Civil, a escala técnica vai de R1 a R4. A primeira delas aponta baixo risco. A R2 mostra que a localidade tem risco médio e a R3, risco alto. A última é de risco muito alto e deixa as autoridades em alerta.

Essa classificação é feita a partir da observação e experiência dos técnicos. Na prática, é necessário levar em conta que o solo ficou mais encharcado e, por isso, tem maior risco de desmoronar.

Nos temporais mais recentes, a capital registrou 877 milímetros de precipitações. Isso é mais do que o dobro previsto pra todo mês de junho, que é de chuvas de 389 milímetros.

Diante desses números, cinco equipes realizam a reclassificação nas áreas de morro. Em algumas delas, como no Córrego da Areia, na Zona Norte, o grau aumentou de alto para muito alto. Lá, uma barreira derrubou duas casas.

Chefe de engenharia da Defesa Civil do Recife, Vera Lúcia Faria de Brito afirmou que o grau de risco aumentou nessa área por causa das chuvas. “Passou de R3 para grau de risco muito alto”, afirmou.

Sobre a situação nos pontos perigosos da cidade, ela afirmou que isso pode ter ocorrido também em outras localidades. “É uma avaliação constante que a gente vem fazendo”, comentou.

Quando é constatado o aumento do risco para o grau máximo, a primeira providência, segundo a defesa Civil, é retirar os moradores.

Também são colocadas proteções plásticas. O problema é que nem sempre os técnicos conseguem atender a uma demanda tão grande.

Fonte – G1

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