Em 6 meses, mais de 28 mil veículos foram multados em faixas exclusivas para ônibus ou BRT no Recife
Nos seis primeiros meses de 2023, 28.213 veículos foram flagrados circulando em faixas exclusivas para ônibus ou BRT no Recife, segundo dados da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). O número representa uma média de 4.702 multas aplicadas por mês.
Segundo o órgão, 21.462 dessas infrações – que equivalem a 76% do total – foram registradas na Avenida Agamenon Magalhães, onde cerca de 250 mil passageiros utilizam, diariamente, o transporte coletivo, enquanto os veículos de uso individual transportam 150 mil pessoas.
Implantada em 2021, a Faixa Azul é utilizada em diversas avenidas e ruas da capital pernambucana, sendo fiscalizada por meio de câmeras. Além dos ônibus, podem utilizar a Faixa Azul:
Táxis;
Veículos de emergência como ambulâncias e viaturas;
Transporte escolar.
A infração é considerada gravíssima, com aplicação de multa no valor de R$ 243,47 e 7 pontos na carteira de habilitação.
“O veículo que é de passeio, de transporte individual, não deve entrar nessa faixa, a não ser que ele vá fazer o acesso a um lote lindeiro, o apartamento dele ou comércio, ou, no caso da Agamenon, para sair da pista principal para a [pista] local, ou o contrário”, explicou o gerente de Tecnologia do Trânsito da CTTU, Dalmário Barros.
A TV Globo encontrou motoristas usando o espaço indevidamente, tanto durante o dia, quanto à noite, em locais como a Rua Real da Torre e a Avenida Recife, além da Agamenon Magalhães.
“Os carros pequenos, as motos, quando está engarrafado nas vias locais, passam para a via ‘da gente’ rapidamente e, por causa disso, acontecem muitas colisões”, contou o motorista de ônibus William Oliveira.
Taxista há 40 anos, Carlos Santiago disse que, além do estresse habitual no trânsito, precisa lidar com a imprudência de quem não respeita o uso correta da faixa.
“Em alguns trechos, não tem a câmera para multar. Aí eles avançam e entram na área que é separada para o táxi e para o coletivo urbano e às vezes causam acidentes e prejudicam o trânsito de um modo geral”, comentou Carlos Santiago.
Fonte – G1