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Esquema de sonegação de impostos que atingiu R$ 140 milhões é desvendado em operação com duas prisões no Grande Recife

Um esquema milionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo empresas de material de construção civil foi desvendado em Pernambuco. O valor de impostos que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos atingiu R$ 140 milhões. Duas pessoas foram presas na Operação Filito.

Nesta quarta (21), a Polícia Civil também cumpriu dez mandados de busca e apreensão. A corporação disse que essa é considerada a maior ação desse tipo já realizada no estado.

Os detalhes da operação foram repassados durante entrevista coletiva concedida no Recife. A Filito foi deflagrada pela Delegacia de Polícia de Crimes Contra a Ordem Tributária (Decott).

Além de cumprir os mandados, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, a polícia realizou o sequestro de bens e valores e bloqueio de ativos financeiros. Essas medidas foram determinadas pela Segunda Vara Criminal da Comarca do mesmo município.

A polícia não informou quem são as duas pessoas empresa nem divulgou os nomes das empresas envolvidas. Os agentes recolheram computadores, pendrives, documentos, celulares, além de reais e dólares.

A investigação foi iniciada em novembro de 2018. A ação teve a participação de 50 policiais civis e dez auditores fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).

A polícia investigou crimes contra a ordem tributária praticado por uma empresa, “que deixou de recolher Imposto Sobfre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no período compreendido entre janeiro de 2006 a abril de 2007 e em parte de 2010”.

A corporação apontou, ainda, a existência de indício de prática de crimes pela empresa “por ter realizado abatimento na apuração do imposto de valores não considerados créditos fiscais pela legislação, creditando-se de valores meramente ilustrativos”.

Na coletiva, o delegado Ramón Teixeira declarou que a Filito é a maior operação envolvendo sonegação de impostos em Pernambuco.

“A Operação Mar Aberto, de 2019, era considerada a maior até agora. Nela, foi desvendado um crime envolvendo valores de R$ 65 milhões. Ou seja, agora, temos mais do que o dobro de dinheiro sonegado, em relação a um a ação que era considerada o divisor de águas do departamento”, declarou.

O delegado afirmou, ainda, que foi descoberta uma “cadeia de prejuízos” nos valores finais das mercadorias negociadas.

Fonte – G1

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