Federação pode resgatar capital político de PDT e PSB
A direção do PSB aprovou ontem a formação de uma federação com o PDT e o Solidariedade, que funcionará a partir de agora no Congresso Nacional com efeito eleitoral para a disputa de 2024 podendo ser mantida para 2026. O movimento acontece após uma queda significativa do tamanho dos três partidos nas eleições de 2022.
A falta de uma federação inviabilizou os mandatos de parlamentares representativos na bancada pernambucana, a exemplo de Gonzaga Patriota, Milton Coelho e Tadeu Alencar, do PSB e de Wolney Queiroz, do PDT, quadros históricos de seus respectivos partidos.
A própria eleição não foi boa para as três legendas, o PSB caiu para apenas 14 parlamentares, o PDT elegeu apenas 17 e o Solidariedade ficou com 4 deputados eleitos, juntos chegam a 35 deputados e a federação torna-se a oitava maior bancada da Câmara dos Deputados, podendo virar a sétima, caso PP e União Brasil formalizem sua federação. No caso específico do Solidariedade, a não participação da federação significaria o fim da legenda, uma vez que ele não atingiu a cláusula de barreira, agora poderá continuar existindo e mantendo sua estrutura partidária.
O advento da federação, utilizado por PT, PCdoB e PV, PSOL e Rede Sustentabilidade e por PSDB e Cidadania, foi uma saída inteligente para os partidos políticos, que se fortalecem eleitoralmente como um efeito prático de coligação, e partidariamente quando atuam como uma espécie de bloco partidário. Com o acertado fim das coligações proporcionais, haverá uma depuração dos partidos políticos no Brasil, que se tornarão mais ideológicos e menos fisiológicos, garantindo uma participação efetiva na política para quem realmente tiver representatividade eleitoral.
A nova federação formada por PSB, PDT e Solidariedade quebra uma tendência de diminuição da representatividade dos três partidos observada nas últimas eleições e poderá permitir que as legendas possam ter uma ampliação das suas bancadas em 2026.
Fonte – Edmar Lyra
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