Gilson deflagra guerra pelo controle do PL
Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto está pisando em ovos na administração da crise que o partido que comanda vive em Pernambuco. Na semana passada, o ex-ministro Gilson Machado aterrissou em Brasília, ao lado dos deputados Coronel Meira (federal) e Alberto Feitosa (estadual) e seguiu direto para a sede do Partido Liberal, no empresarial Brasil 21, próximo ao Eixo Monumental, de onde se avista o Congresso no fundo.
Lá, o grupo arrastou o ex-presidente Jair Bolsonaro para uma reunião que durou mais de duas horas com Costa Neto. Em pauta, a retirada, das mãos do ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, do controle do diretório estadual liberal. Líder do bolsonarismo raiz em Pernambuco, Gilson é o candidato preferido do ex-presidente da República na corrida pela Prefeitura do Recife.
Mas não é o nome de Anderson, que comanda o partido com mão de ferro no Estado. O ex-prefeito quer lançar a candidatura do seu irmão, o deputado federal André Ferreira, que não tem respaldo na ala bolsonarista. Bolsonaro engrossou o coro de Gilson e aliados, junto a Valdemar Costa Neto, para que em Pernambuco o PL fique sob o comando do seu ex-ministro do Turismo.
Na última quarta-feira, Anderson veio a Brasília, convocado pelo presidente nacional da legenda. Ao aliado, Valdemar contou as pressões que vem sofrendo para fazer alterações na executiva estadual do PL, sob o pretexto de que Gilson precisa da legenda para disputar a Prefeitura do Recife. As chances de Valdemar ceder aos apelos do ex-presidente são mínimas.
Segundo revelou uma fonte do diretório nacional do PL, Gilson e seu grupo foram aconselhados a buscar refúgio em outra legenda, caso o ex-ministro deseje de fato, como quer e torce Bolsonaro, disputar a Prefeitura do Recife. “Anderson não perde o controle do PL em Pernambuco”, disse essa mesma fonte, retratando o ambiente dos bastidores que envolve essa guerra.
O problema é que não existem, de imediato, alternativas partidárias em Pernambuco para Gilson, Meira e Feitosa. Além disso, seria um desastre o ex-ministro disputar a Prefeitura do Recife por uma nova legenda a que viesse a se filiar com Bolsonaro, seu principal cabo eleitoral, ainda filiado e militando no PL.
Fonte – Blog do Magno