João Campos pode encarar reeleição com chapa puro-sangue; saiba quem são os cotados para a vice
Com uma gestão beirando 80% de aprovação e com intenções de voto que superam os 70% impondo uma vantagem de quase 50 pontos percentuais sob o segundo colocado, o prefeito do Recife João Campos (PSB) desponta com grande favoritismo na disputa pela reeleição. Dentro do arco de aliança que compõe a base de João, o Partido dos Trabalhadores já expôs o interesse em indicar o vice do herdeiro de Eduardo Campos, no entanto, diante de um horizonte tão promissor de perspectiva de vitória, não será surpresa alguma João Campos optar por ir para a disputa com uma chapa puro-sangue, isto é, escolher um vice do próprio PSB. Entre os que defendem esta tese o que estaria em jogo é a possibilidade de Campos deixar a prefeitura nas mãos de alguém de sua confiança e do seu partido para disputar o Governo do Estado em 2026.
Com um nome consolidado entre eleitores da esquerda, João Campos também tem avançado na preferência do eleitorado de centro-direita devido, sobretudo, ao trabalho que anda realizando a frente do Executivo Municipal, no entanto, ter o PT na vice pode não ser digerido por este eleitorado e levá-lo a votar em outros candidatos como Gilson Machado Neto (PL) e Daniel Coelho (Cidadania) por entender que a saída de João para disputar o Governo do Estado entregaria a prefeitura nas mãos do PT.
Caso Campos decida por não abrir espaço para o PT na vice e opte por uma chapa puro-sangue já existem nomes que despontam como alternativa. São eles: os secretários Dema Santos (Governo), Marília Dantas (Infraestrutura) e Fred Amâncio (Educação), além do vereador e presidente da Câmara Municipal Romerinho Jatobá; e Roberto Gusmão.
É verdade que preterir o PT da chapa majoritária levaria a vários desdobramentos, no mínimo jogar a sigla no colo da governadora Raquel Lyra e fazer com que lance uma candidatura à Prefeitura. Convencer o PT a continuar na base mesmo sem ter a vice é algo difícil de acreditar. João Campos optar por uma chapa puro-sangue seria na política o mesmo que um all-in no pocker, onde todas as fichas vão ao jogo. Caso decida por seguir este caminho e vença a eleição mesmo com a saída do PT da sua base, João Campos sairia gigante do processo, sobretudo se esta vitória surgir logo no primeiro turno, o que não é difícil de acontecer.
Fonte – blog Ponto de Vista