Lucas Ramos defende frente ampla para evitar a reeleição em Petrolina
Atingido em suas bases eleitorais após a adesão entre o correligionário e prefeito do Recife, João Campos (PSB), e o grupo de Miguel Coelho (União Brasil), em Petrolina, o deputado federal Lucas Ramos (PSB) não se inibe.
Decidiu manter a pré-candidatura a prefeito da maior cidade do Sertão pernambucano e anunciou, em entrevista ontem à Rádio Folha, que pretende formar uma frente ampla de oposição para evitar a reeleição do atual prefeito Simão Durando (União Brasil). Já procurou os ex-prefeitos de Petrolina Júlio Lóssio (PSD), Guilherme Coelho (PSDB) e Odacy Amorim (PT).
“Eu não tenho nenhuma disponibilidade de discutir aliança com o grupo do ex-prefeito Miguel Coelho. Para mim, é muito clara a posição em que o eleitor me colocou, em 2022, com mais de 20 mil votos na Capital do Sertão: é a de oposição. O eleitor quer me ver prefeito de Petrolina para fazer o que o grupo de Miguel não fez.”
Embora ressalte a boa administração de João Campos e enxergue nele um construtor de pontes – literal e politicamente – considerou precipitada a aproximação com os Coelho.
“Entendo a movimentação política. Quem desconheceu a liderança de Miguel foi a governadora Raquel Lyra, que no 1º turno teve 5 mil votos em Petrolina e depois do apoio espontâneo dele chegou a 89 mil votos no 2º turno.”
E lembrou ter sugerido ao prefeito do Recife esperar as eleições de 2024 para dimensionar o tamanho de Miguel Coelho, a partir da quantidade de prefeitos que conseguir eleger.
“Estamos de um lado e Miguel, do outro. Em cidades de pequeno porte é difícil todas as forças políticas juntas em torno de uma mesma candidatura a governador, por exemplo. É uma questão de sobrevivência local.”
Além disso, em municípios como Petrolina, com mais de 200 mil habitantes, o deputado defende candidatura própria do PSB, e tem colocado para o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira. Onde não houver, vale a parceria com o PT.
“Sou o maior defensor dessa unidade. Acho que ganhamos importantes eleições juntos.” A discussão da política municipal tem que ser aprofundada. Reforça.
Fonte – Folha Pe