Marília Arraes reforça polarização com João Campos na reta final
Ao longo da campanha eleitoral, Marília Arraes foi colocada em dúvidas quanto a sua competitividade, ora pela rejeição ao seu partido, o PT, ora pela divisão da sigla. Porém, na reta final, Marília recorreu ao lulismo e ao petismo e consolidou sua condição de principal antagonista de João Campos, vide a última pesquisa do Ipespe, que a coloca em segundo lugar com 18% das intenções de voto contra 33% de João Campos.
Marília tem ao seu favor o histórico do Recife de ser uma cidade de esquerda, que enviou ao segundo turno em 2016 o PT e o PSB, com um eleitorado cativo do Partido dos Trabalhadores. Outro ponto que lhe beneficia na reta final é a divisão da oposição mais à direita, que ficou numa significativa troca de farpas nos últimos dias entre Mendonça Filho e a Delegada Patrícia, o que dificultou a ida de um dos dois à segunda etapa, faltando pouco mais de uma semana para a votação do primeiro turno, marcada para o próximo dia 15.
Chegando a um segundo turno, além de ter a chance de ser vitoriosa, Marília Arraes poderá se consolidar como uma importante liderança do PT, mesmo que não consiga lograr êxito na segunda etapa. Na hipótese de vitória no segundo turno, Marília devolverá o comando da capital pernambucana ao Partido dos Trabalhadores, perdida em 2012 para o próprio PSB, o que lhe dará significativo protagonismo na política pernambucana.
Fonte – Edmar Lyra