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Mendonça Filho rebate acusação do União Brasil e diz que sua eleição foi “realizada de forma legal e legítima”

O deputado federal Mendonça Filho, que foi eleito presidente do União Brasil Recife, por unanimidade, rebateu as acusações feitas pela Comissão Instituidora do União Brasil Pernambuco de que a convocação e a realização da convenção do partido, nessa sexta-feira (3), não tinha legitimidade para ocorrer.  

O presidente da Direção Estadual do União, Marcos Amaral, afirmou por nota que, “há uma decisão da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco que, por maioria, não reconheceu a Comissão Instituidora Municipal do Recife e nem a presidência de Mendonça Filho. Decisão essa que está pendente de publicação desde 17/02/2023. Portanto, não havia sequer legitimidade para convocação e realização de referida Convenção, mantendo-se a destituição de Mendonça Filho da presidência municipal”. 

Também por meio de nota, a nova direção municipal contestas essas alegações,  informando que a Comissão Instituidora Municipal do Recife está devidamente ativa conforme a certidão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), emitida na sexta-feira. 

Mendonça Filho disse ainda que o posicionamento da instância estadual obedece “de forma vexatória” a presidência nacional do União Brasil – que está sob o comando do deputado federal Luciano Bivar – e que essa seria mais uma tentativa de “tirar no tapetão” o comando municipal da legenda.  

“A Direção Estadual quer impor de forma autoritária a tese jurídica absurda de tornar uma expectativa de sentença numa decisão judicial. O diretório municipal do Recife repudia essa tentativa torpe de fazer do partido um cartório para atender a interesses pessoais. Diante da tentativa da direção estadual de tumultuar um processo legal, reafirmamos o compromisso do União Brasil Recife com o fortalecimento partidário e com a Democracia”, declarou o novo presidente. 

DIVERGÊNCIAS

As divergências do União Brasil, em Pernambuco, ocorrem desde a eleição de 2022, quando o então candidato ao governo do Estado, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho, que ficou em quinto lugar na disputa,  declarou apoio à Raquel Lyra (PSDB), no segundo turno das eleições. 

Entretanto, o presidente nacional do partido, Luciano Bivar, declarou que iria apoiar a candidata do Solidariedade, a ex-deputada federal Marília Arraes. Lideranças do partido tiveram reação imediata, afirmando que esse posicionamento não era majoritário do União Brasil e nem tinha aprovação de maioria de 60% do diretório, de acordo com o estatuto da sigla. 

Um novo embate foi travado, quando Luciano Bivar negociou a ocupação do partido em ministério do governo Lula (PT). Mendonça Filho, que sempre foi crítico ferrenho das gestões petistas, foi o primeiro assumir e defender uma postura independente no Congresso Nacional, acentuando uma nova divergência entre a instância nacional e seus membros. 

O União Brasil ocupa hoje o ministério do Turismo (Daniela Carneiro), Comunicações (Jucelino Filho) e Integração Nacional (Waldez Goés).

Fonte – JC

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