Ministro André de Paula afirma que sonho do PSD é ter a governadora no partido
O ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil e presidente do PSD em Pernambuco, André de Paula, declarou que é um desejo do partido e dele mesmo que a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, eleita pelo PSDB, vá para o PSD. De acordo com o ministro, a relação que Lyra construiu com o partido vai além do Estado.
“O sonho de consumo do PSD, e o meu, é de ter Raquel Lyra no partido. Uma mulher corajosa, preparada, muito determinada. (…) Há cada vez mais sintonia entre o nosso partido e a governadora, e isso não se dá apenas pelo presidente estadual, isso tem a ver com o partido a nível nacional, com a relação construída entre a governadora Raquel Lyra e o presidente (nacional do PSD) Gilberto Kassab”, ressaltou o ministro.
André de Paula destacou, em entrevista à Rádio Folha FM 96, as características de Raquel Lyra, a quem considera uma liderança para além de Pernambuco, e destacou as ações dela no governo, como a entrega de mil ônibus escolares e o fim das faixas salariais da Polícia Militar, por exemplo.
Eleição no Recife
O dirigente do PSD em Pernambuco também falou sobre a pré-candidatura de Daniel Coelho, lançada pelo partido em abril, à Prefeitura do Recife. André reconhece a dificuldade que Coelho terá ao enfrentar o atual prefeito João Campos (PSB) que vai tentar se reeleger.
“Se você olhar os resultados de todas as eleições você vai ver que quem está sentado na cadeira tem uma chance muito maior de sucesso”, afirmou o político.
Apesar de fazer este prognóstico, o ministro destacou as qualidades do pré-candidato do seu partido como “alguém preparado, (…) que está entrando para ser um grande líder no partido, e que vai travar um debate que vai engrandecer o Recife”.
Governo Lula
Com o escritório de trabalho na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, André de Paula fez avaliações sobre a relação do presidente Lula com o Congresso Nacional e, citando o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), a quem disse admirar o trabalho, afirmou que certos cargos têm, segundo ele, prazo de validade.
“Num determinado momento você tem a necessidade de rodar as peças para reoxigenar as esperanças. Quem cuida da relação do governo com prefeitos, governadores, Câmara e Senado, tem a difícil missão de dizer o “não” a demandas infinitas que chegam, e isso termina por ir acumulando um certo desgaste e o governo tem que se reinventar”, declarou.
André elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como sendo o “ponto de equilíbrio do governo”, e ressaltou os avanços na área econômica. Entretanto, ele pontuou que não tem expectativas de que o governo termine com alta aprovação, como em outros mandatos do presidente Lula (PT).
“Depois de Bolsonaro o jogo zerou e a realidade é outra, o Congresso Nacional legisla, executa e até julga, é preciso entender essa lógica. Não tenho nenhuma expectativa de que o presidente Lula chegue ao final do governo com 80% (de aprovação), porque isso é impossível hoje”, assumiu o ministro.
Fonte: Folha de Pernambuco