O desafio de Daniel Coelho
Duas vezes candidato a prefeito do Recife, o secretário de Turismo, Daniel Coelho, deverá deixar a função em abril para tentar pela terceira vez o comando da capital pernambucana. Nas eleições de 2022, Daniel tentou, sem sucesso, a reeleição para a Câmara dos Deputados, mas apesar de ter obtido uma expressiva votação, não foi reeleito porque o Cidadania não atingiu o quociente eleitoral.
Virtual nome da governadora Raquel Lyra na disputa pela prefeitura do Recife, Daniel dificilmente disputará o cargo pelo Cidadania, tendo pelo menos três opções partidárias para escolher: o próprio PSDB da governadora, o PSD do ministro André de Paula ou o MDB do senador Fernando Dueire.
A bem da verdade é que qualquer um destes três partidos lhe darão boa retaguarda para a disputa, desde que ele tenha o apoio dos demais. Mas este não é o único desafio de Daniel, ele terá um adversário extremamente competitivo pelos votos de centro-direita da cidade e da própria classe média, que é o ex-ministro Gilson Machado, do PL. Outro fator é a boa gestão desempenhada por João Campos, que ostenta índices elevados de aprovação e de intenção de voto, o que exigirá de Daniel forte capacidade de convencimento junto ao eleitor de que Recife precisará mudar de rumo.
Apesar de ser desafiador, Daniel Coelho disputará a eleição sem a obrigação de vencer, deixando esta responsabilidade para João Campos, então se porventura Daniel chegar ao segundo turno, ainda que João sagre-se vitorioso, ele terá cumprido um papel importantíssimo para o conjunto de forças que dá sustentação ao governo Raquel Lyra, o que fará dele um player para 2026, seja para compor a majoritária, ou o mais provável: voltar para a Câmara dos Deputados.
Fonte – Edmar Lyra