O PT e suas divergências
Pernambuco assiste novamente a mais uma discussão quase que publica sobre o destino do PT em uma eleição. A mais famosa ocorreu em 2012 quando o PT não deixou que o na época Prefeito João da Costa que tinha 32% das intenções de votos disputasse a reeleição. Foi ali que nasceu a candidatura de Geraldo Júlio que terminou vencendo o pleito e fez com que o partido ficasse em terceiro lugar numa disputa que tinha Geraldo, Daniel, Humberto, entre outros.
Outra disputa do PT, foi em 2010. O ex-prefeito João Paulo teria o nome forte na disputa pelo Senado e já teria feito uma pequena pré-campanha. No entanto, o PT nacional acenou favoravelmente a uma candidatura de Humberto Costa apoiando a reeleição de Eduardo Campos. O governador, na época, Eduardo, não quis se meter na encrenca e disse que a vaga era do PT e viesse quem fosse. Uma pesquisa mostrava que tanto Humberto como João Paulo teriam a mesma força na disputa. Humberto então foi o candidato e venceu a disputa.
Agora a que juntou mais pessoas e uma torcida enorme foi realmente em 2018. O sentimento por mudanças no comando do estado fez com que muita gente torcesse para que Marília Arraes conseguisse viabilizar sua candidatura a governadora pois era um nome forte e em ascensão para derrubar o Governador Paulo Câmara. Alguém tem dúvidas de quem uma candidatura de Marília no pleito de 2018 mudaria completamente o pleito estadual? Com certeza, e Marília poderia ser a surpresa daquela eleição.
No PT, as mais diversas correntes: Quem defende que o partido permaneça na aliança com o PSB (essa é a majoritária tanto na estadual quanto na municipal) e quem defende a candidatura própria. Dentro do campo dos que apoiam Marília, alguns acreditam que seria melhor que ela resguardasse o seu nome para a disputa de 2022, ao governo do estado. Acreditam que o PSB estará no plano de projeto do PDT com Ciro Gomes e não com o PT, e que ali, em 2022, Marília seria a alternativa e o palanque do provável candidato petista ao planalto em 2022, e tendo uma eleição nacional e com Lula.
A própria Marília chegou muitas vezes a defender essa ideia de que não entraria na disputa pela prefeitura e chegou a defender o nome de Humberto para concorrer a prefeitura do Recife, mas depois reconsiderou. O que não se sabe e vai ser muito difícil de explicar para a população do Recife é como o PT que está no governo Geraldo Júlio e no governo Paulo Câmara vai simplesmente fazer oposição por oposição.
Os demais pré-candidatos já tem um longo caminho de oposição ao PSB, a título de exemplo: Daniel Coelho que foi oposição ao PT e ao PSB desde a época em que era vereador.