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Obras inacabadas: Univasf deixa Petrolina com o maior elefante branco do São Francisco

 Petrolina, que está na vitrine na cena política estadual nas eleições deste ano, com a pré-candidatura ao Palácio das Princesas do ex-prefeito Miguel Coelho (União Brasil) não foge à regra em obras inacabadas. A maior delas nunca foi nem é da responsabilidade de Miguel. É da Universidade Federal do Vale do São Francisco, a Univasf, que se confunde com a história do ex-deputado Osvaldo Coelho.

Dos Coelho, Osvaldo, que Deus chamou em novembro de 2015, sonhava acordado com a implantação de uma instituição de ensino superior federal em sua Petrolina. Conseguiu, a Univasf é muito boa, elogiada pelo corpo docente e discente. Mas cometeu um grande pecado: não concluiu o Espaço Arte de Arte, Ciência e Cultura, à beira do Rio São Francisco, na orla do berço dos Coelho.

O projeto, que virou um grande elefante branco, está parado há mais de uma década. Recebeu, numa primeira etapa, R$ 7,5 milhões, valor disponível no site da própria universidade. E mais R$ 1,1 milhão para pavimentação externa do museu interativo. O Espaço estava previsto para ser inaugurado em 2015. O equipamento, com 2.492,47m², ocupa uma área de 1,6 hectares.

Iria abrigar duas exposições de ciências permanentes, com espaços também para exposições temporárias. O projeto previa, ainda, salas para biblioteca, oficinas, experimentoteca e infoteca. Para valorizar a simbologia do Rio São Francisco e a vegetação da região, a proposta inclui a criação de um bosque com espécies nativas. 

Tudo com “o propósito de expandir as possibilidades de popularização da ciência junto à comunidade externa, reafirmando-se como espaço não-formal de educação, com novas perspectivas e espaço privilegiado para a difusão científica”, conforme foi anunciado pelo reitor da Univasf à época, Julianeli Tolentino.

O Espaço teve seu start ainda 2010. O ex-governador Eduardo Campos assinou um termo de cooperação financeira entre o Governo do Estado e a Univasf. O reitor José Weber, que não se pronuncia sobre o abandono do projeto, na época foi a voz mais entusiasta. Diante do então governador, morto em acidente aéreo em agosto de 2014, o reitor foi só louvação. 

“Ali não haverá situações administrativas, salas de aula ou laboratórios para alunos da Univasf especificamente. O espaço será dedicado à população, aos professores, aos conhecimentos, às crianças das escolas públicas. A ideia é fazer com que o conhecimento – através de experimentos, jogos, laboratórios – possa ser popularizado”, disse, na época.

A obra teria ainda auditório com 111 lugares, laboratório, observatório astronômico, mirante e um café cultural. O projeto previa também a construção de 2.492 metros quadrados de área, contando inclusive com instalações modernas voltadas para o conceito da acessibilidade de pessoas com deficiência.

Fonte – Blog do Magno 

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