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‘Passageiro sabe que está melhor do que antes da pandemia’, diz secretário sobre transporte público no Grande Recife

Diante das dificuldades enfrentadas pelos passageiros que utilizam o transporte público no Grande Recife, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Marcelo Bruto, afirmou nesta quarta-feira (17) que o sistema precisa se reinventar, mas que, durante as restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o serviço de algumas linhas está melhor do que antes da chegada do novo coronavírus.

“Na prática, os resultados imediatos em relação ao reforço de linhas mais demandadas são feitos. O passageiro que utiliza essas linhas sabe que está melhor do que antes da pandemia. A maior parte das viagens sendo feitas sem lotação. É claro que em algumas linhas você perde em termos de intervalo. É claro que a gente não vai resolver todos os problemas que são estruturais, mas eu tenho certeza que o passageiro sabe que a situação é melhor do que há três, quatro meses”, disse.
Ainda de acordo com o secretário, as 53 principais linhas do sistema estão com mais de 80% da oferta. “Há linhas que estão operando com 100% de oferta”, disse.

“O governo está todo dia nos terminais. Não está em uma realidade paralela nem em escritório”, afirmou o secretário.
Bruto afirmou que o sistema de transporte público sofre com problemas estruturais, presentes em outras regiões metropolitanas do país.

“Mesmo com 100% de oferta, o sistema de transporte não é dimensionado para as pessoas serem transportadas com o nível de folga que a gente está desejando hoje. Por isso que o sistema está em xeque”, afirmou.

Em locais como o Terminal Integrado Joana Bezerra, Marcelo Bruto informou que os ônibus têm circulado com 100% da frota e, ainda assim, a demanda não consegue ser suprida.

“Eu andei no período de pandemia na linha 080 [TI Joana Bezerra/Boa Viagem]. Você coloca todo mundo sentado, mas no momento que chega o metrô, é muita gente que chega para ser transportada em um ônibus que tem uma capacidade muito menor do que o metrô”, disse.

Para os profissionais que atuam no serviço, as queixas são de cobranças para fazer viagens em um tempo menor e de acúmulo de função. “Antes da epidemia a gente era sacrificado e agora tá sendo mais ainda pelo sistema que tá acontecendo”, disse um rodoviário que preferiu não se identificar.

“Senhor Bandeira [presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco] vai para a televisão dizendo que tem 60% da frota de ônibus rodando nas ruas, mas não tá. Como eu trabalho no sistema, sou motorista, a gente é sacrificado com os horários antecipados, fazendo até uma viagem que deveria levar 1h30, 1h40 do terminal que eu saio, estão colocando 1h10 para a gente fazer”, afirmou o rodoviário.
Fonte – Portal de Prefeitura

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