Peritos criminais e médicos legistas encerram ‘operação-padrão’ após 19 dias
Após 19 dias, o sindicato e as associações que representam peritos criminais e médicos legistas encerraram, nesta quarta-feira (16), a “operação-padrão”, com trabalho em ritmo lento, iniciada no dia 26 de fevereiro. A decisão foi tomada durante a assembleia realizada na noite desta quarta-feira (16) no Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife.
O Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal do Estado de Pernambuco (Sinpocrim), a Associação de Polícia Científica do Estado de Pernambuco (Apoc-PE) e a Associação Pernambucana de Medicina e Odontologia Legal (Apemol) reivindicavam a incorporação das gratificações ao salário e também reajuste de 20%.
O governo do estado enviou para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) propostas de reajuste salarial entre 16% e 20% paras as polícias e os bombeiros. Segundo o sindicato e as associações, foi oferecido aos policiais científicos um reajuste de 16%, o menor previsto.
A mobilização foi encerrada mesmo sem que houvesse um acordo entre a categoria e o governo estadual. O presidente do Sinpocrim, Carlos Medeiros, afirmou ao g1 que, na prática, não haverá incorporação das gratificações ao salário e o reajuste continuou em 16%.
“Infelizmente o governo, de forma intransigente, se coloca nessa postura e deixa a categoria insatisfeita. Vamos seguir honrando com o nosso trabalho, nossas responsabilidades, mas deixando claro que fomos discriminados e que o processo de negociação não existiu”, disse Carlos Medeiros.
Ele também afirmou que aqueles que entregaram os cargos retornam para as chefias que foram deixadas e contou que a decisão de voltar para o Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES) fica a critério de cada profissional.
“Continuamos insatisfeitos e vamos continuar cobrando do governo um tratamento digno e respeitoso à Polícia Científica. E atribuímos a responsabilidade ao governador Paulo Câmara (PSB). Com certeza, essa reivindicação chegou a ele e ele não assinou”, declarou o presidente do Sinpocrim.
O g1 procurou o governo de Pernambuco para pedir uma resposta sobre as críticas da categoria, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Fonte – G1
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