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Prefeitos de Pernambuco defendem volta às aulas presenciais em 2021

A volta das aulas presenciais foi tema de uma assembleia realizada nessa segunda-feira (3) pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Durante a reunião, os prefeitos defenderam que o retorno só ocorra em 2021, por causa dos riscos de contaminação pelo novo coronavírus.

O encontro contou com a participação do governador Paulo Câmara (PSB), do secretário de Saúde, André Longo, e do secretário de Educação, Fred Amâncio. O governo estadual apresentou o planejamento da retomada das aulas e fez um alerta sobre a covid-19 no Estado.

Na assembleia, o secretário de Educação, Fred Amâncio, se mostrou preocupado com prejuízos a longo prazo para crianças e adolescentes, que podem perder conteúdos. A evasão escolar também é motivo de alerta. Apesar disto, a retomada das aulas só é vista como viável caso os números da doença continuem caindo.

Apesar das discussões, não houve definição sobre a data do retorno. O presidente da Amupe, que é prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), disse que o tema continuará sendo debatido.

“Cada prefeito traz a preocupação da sua cidade, da sua região. É um assunto complexo que requer cuidado. A decisão desses pontos precisa ter um arranjo que envolve a todos”.

O Governo de Pernambuco prorrogou, no dia 31 de julho, a suspensão das aulas presenciais em todas as instituições de ensino do Estado, pelo menos até 15 de agosto. A gestão estadual disse que o cronograma para o retorno será divulgado em breve.

Protocolos de segurança

Quando as atividades forem retomadas, as escolas, universidades e outras instituições de ensino precisarão seguir o protocolo sanitário estabelecido, como forma de prevenção à covid-19.

Entre as orientações está a distância mínima de 1,5 metro entre os alunos e funcionários da escola e o uso obrigatório de máscara nas dependências da instituição de ensino. Caso necessário, deve-se reduzir o número de estudantes por turma, ou adotar um sistema de rodízio (uma parte na escola e outra em casa).

As instituições de ensino precisam ainda disponibilizar locais para a lavagem das mãos ou a higienização com álcool 70%. As unidades devem seguir intervalos diferentes para alimentação, entrada e saída da unidade. No primeiro momento, não será possível realizar eventos presenciais.

Aulas suspensas desde março

As aulas presenciais estão suspensas no Estado desde o dia 18 de março, por causa da pandemia do novo coronavírus. Desde abril, os alunos da rede pública estadual acompanham as aulas de forma remota através do Educa-PE, na internet ou na TV aberta.

No dia 13 de julho, o governo estadual autorizou a realização das aulas práticas presenciais e de estágio para estudantes que estão concluindo o primeiro semestre letivo, contemplando os cursos de instituições de ensino superior e de Formação Inicial e Continuada (FIC) ou de qualificação profissional em instituições de educação profissional e técnica.
Fonte – Fala PE

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