“Tal medida desrespeita o direito à igualdade de condições entre os candidatos que desejam acessar o ensino superior”, diz Mendonça Filho sobre novidade na UFPE
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou nesta quarta-feira, dia 24, que aplicará uma prova com o objetivo de selecionar 80 alunos para uma turma de Medicina, formada exclusivamente por pessoas sem-terra e quilombolas. A prova será aplicada, segundo a instituição, no próximo dia 5 de outubro.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Educação para Áreas da Reforma Agrária (Pronera) e tem como meta principal estimular a educação no campo.
Muitas pessoas aplaudiram a iniciativa da UFPE, outras, no entanto, criticaram a novidade de forma contundente, dentre elas o deputado federal Mendonça Filho, do União Brasil. Segundo ele, a criação pela UFPE de vagas de medicina exclusivas para os sem-terra e a grupos ligados à reforma agrária, fora do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), abre um precedente grave. “Tal medida desrespeita o direito à igualdade de condições entre os candidatos que desejam acessar o ensino superior, ferindo o princípio da de isonomia”, disse ele ao Blog.
“As entidades médicas reagiram diante do risco de queda na qualidade na formação médica, que tem sido uma preocupação constante, e pelo fato de a medida ferir o princípio da isonomia e da igualdade de condições. Contam com meu total apoio”, disse o deputado federal Mendonça Filho.
