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A nota de pesar, a celeuma e a polêmica que não acaba

Os últimos dias da prefeita Márcia Conrado (PT) em Serra Talhada, Sertão do Pajeú, foram movimentados. Além da saída de um dos seus maiores aliados e padrinho político, Luciano Duque, do Partido dos Trabalhadores, a celeuma em torno do reajuste dos professores continua. A categoria e a prefeitura ainda não chegaram a um denominador comum, mesmo depois da ameaça feita pela Secretaria de Educação de que, se a greve continuasse, o município tomaria as providências cabíveis.

Na última sexta-feira, a Câmara de Vereadores recebeu o Projeto de Lei Complementar nº 017/2022, referente a sua proposta para o cumprimento do Piso Nacional do Magistério de 2022. De acordo com o Projeto de Lei, será aplicado o piso nacional como início de carreira, com revisão dos percentuais de progressão de carreira, que de acordo com o tempo e titulação, passará a respeitar os índices de 1,5% a cada cinco anos e 3,5% por titulação.

Os professores chegaram a colocar uma nota de pesar nas redes sociais, em ‘luto’ pela situação dos profissionais em Serra Talhada. O projeto garante o reajuste do piso salarial da categoria em 33,24%, mas na opinião dos docentes, retira direitos adquiridos e prejudica quem buscou formação.

O presidente da Associação de professores de Serra Talhada, Carlos Antônio, afirmou que a proposta enviada está aquém do que a categoria esperava e ainda mexe no Plano de Cargos e Carreiras, e que “reforma promovida de forma unilateral não representa avanço nas conquistas”, disse.

Todos os olhos estarão voltados para amanhã, quando a leitura do projeto será feita na Câmara e os professores estão planejando movimentar a cidade e a Casa Legislativa.

Fonte – Carlos Britto

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