Projetos pessoais dificultam unidade oposicionista
Após a entrada de Marília Arraes na disputa pelo governo de Pernambuco, surgiram diversas teses de entendimento entre os três nomes colocados, Marília Arraes, Miguel Coelho e Raquel Lyra para a construção de uma única candidatura para enfrentar o PSB, uma vez que há um sentimento comum que Danilo Cabral está sacramentado pela Frente Popular e Anderson Ferreira pelo presidente Jair Bolsonaro.
Apesar de haver fagulhas de entendimento, os projetos pessoais de Marília, Miguel e Raquel têm falado mais alto, e não há, pelo menos por enquanto, quem esteja disposto a ceder para a construção de um projeto maior. A prova disso é que interlocutores de Miguel defendem que Raquel abra mão da cabeça de chapa em prol do ex-prefeito de Petrolina, enquanto os defensores do projeto de Raquel acreditam que quem tem que abrir é Miguel.
O entendimento com Marília Arraes se tornou mais distante após a postulante do Solidariedade ter recebido sinalizações de apoios do PSD, PROS, PP e Avante, o que certamente dificulta aproximação de Miguel e Raquel com ela, uma vez que Marília terá que estabelecer prioridades para atrair aliados e neste momento os deputados André de Paula, Eduardo da Fonte e Sebastião Oliveira e o ex-deputado Bruno Rodrigues com seus respectivos partidos ajudaram na retirada de Marília do isolamento, sem esse movimento dificilmente ela conseguiria a viabilidade política mesmo tendo potencial eleitoral.
A bem da verdade é que todos avançaram demais com seus projetos e não demonstram capacidade de altruísmo, cenário parecido com 2020, que poderá novamente implodir a oposição por conta da vaidade e da falta de leitura do jogo real que não comporta cinco postulações ao Palácio do Campo das Princesas e que alguém sairá infinitamente menor do processo eleitoral.
Fonte – Edmar Lyra
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