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PDT tem embate interno; Túlio Gadêlha esclarece episódio sobre liderança

Escolhido por unanimidade em uma eleição que teve o voto dos deputados e dos integrantes da executiva nacional do partido, o deputado federal Wolney Queiroz é o novo líder do PDT na Câmara. Apesar do consenso na escolha da liderança da bancada, o clima não foi totalmente ameno na reunião. Um episódio envolvendo o deputado Túlio Gadêlha (PDT/PE) acabou levando o parlamentar às lágrimas e ao inesperado anúncio dele de que não disputará mais a Prefeitura do Recife. Decisão que o parlamentar pediu para ser registrada em ata.

Além do líder da bancada, os deputados e os membros da executiva também elegeram o novo líder da minoria na Câmara, cargo que este ano ficou com o PDT. Túlio Gadelha que trabalhou para ser o indicado terminou sendo vencido pelo deputado André Figueiredo (PDT/CE). O parlamentar cearense, que estava no comando da bancada, decidiu se candidatar ao posto de última hora. Com mais influência junto aos colegas e ao presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, Figueiredo saiu vitorioso. Túlio teve apenas três votos. O episódio teria sido o motivo dele ter anunciado a retirada da sua pré-candidatura a prefeito do Recife.

Questionado sobre o assunto, Wolney Queiroz não quis comentar o episódio. Ele preferiu destacar o trabalho que desenvolverá (por um ano) na liderança da bancada, que conta com 28 deputados. “Estou muito honrado por ter sido escolhido por unanimidade da bancada e da executiva. É uma coisa que dá um pouco mais trabalho, mas termina dando um importante respaldo para o escolhido”, definiu. Ao descrever o perfil do grupo, o deputado afirmou que a bancada tem quadros de destaque em todas as áreas. “É uma bancada geograficamente bem distribuída e que tem um clima de fraternidade, de amizade, o que é uma exceção na Câmara”.

Wolney previu, ainda, que não deverá ter dificuldade para conduzir o trabalho na liderança da legenda pela familiaridade que tem com o Legislativo. “O PDT é meu único partido. Nunca tive outra filiação partidária. Tenho sete mandatos, sendo um de vereador e seis de deputado federal.

Já participei de quase todos os postos da Câmara. Fui presidente de comissão de mais uma vez, membro da mesa (Diretora), vice-líder várias vezes”, relatou. Ele fez questão de dizer também que existem questões simbólicas para o PDT, a exemplo da reforma da Previdência (o partido fechou questão contra a proposta), em que a legenda não fará nenhuma concessão. “Mas somos um partido que tem abertura para o diálogo e para o consenso. Vamos nos esforçar para deixar a bancada sempre unida para que possamos manter o clima de cordialidade e respeito às divergências”, observou.

Em relação ao cenário local, Wolney Queiroz, que é presidente estadual do PDT, frisou que existe uma corrente, segundo ele, amplamente majoritária, que defende a manutenção da aliança com o PSB. Outra, liderada por Túlio Gadêlha, que é defensora da candidatura própria. “Defendo isso (parceria com o PSB), mas respeitamos a posição da ala contrária. Agora, como presidente do partido, vou optar pela solução que fortaleça o PDT”.

Resposta

O deputado federal Túlio Gadêlha se pronunciou sob o episódio da reunião via Instagram nesta sexta-feira (6). O parlamentar contou que se declarou assustado com a “repercussão que as lágrimas de um homem podem alcançar”. O pedetista explicou ainda, que o caso não teve relação com sua eventual candidatura a prefeitura do Recife, mas sim com a liderança da minoria na Câmara Federal.

“Mas não guardo nenhuma, nenhuma mágoa. Entendo e sei que isso aconteceu porque o núcleo nacional do meu partido – as pessoas que definem a destinação de fundo eleitoral, de fundo partidário, a consolidação das alianças e definição das direções partidárias nos estados – escolheu outro nome, que aceitou disputar contra mim, naquele mesmo dia”, disse Gadêlha em um trecho.

Ainda na postagem, Túlio Gadêlha alegou que na próxima segunda-feira convocará uma coletiva de imprensa no Recife para tratar da eleição municipal de 2020.
Fonte – Diário PE

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