Nomeações contêm “recado” ao PP, que aguarda posição sobre vice
As nomeações de quatro novos secretários, realizadas pelo governador Paulo Câmara e publicadas no Diário Oficial da última quarta-feira (01), contêm, segundo socialistas registram em conversas reservadas, “recado” ao PP. Era da cota do partido, por exemplo, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário. Até pouco tempo, ela tinha como titular o deputado estadual Claudiano Martins Filho, que se desincompatibilizou para concorrer no pleito de outubro.
Por decisão do governador Paulo Câmara, quem ficará à frente da referida pasta, a partir de agora, é Luís Eduardo Cavalcanti Antunes, auditor de carreira e da cota pessoal do chefe do Executivo estadual, assim como também são os outros três novos secretários nomeados juntos: Carmem Lúcia Simões Megale Neves (Turismo), José Fernando Thomé Jucá (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Inamara Santos Mélo (Meio Ambiente e Sustentabilidade).
O movimento denota que, por enquanto, não há intenção de atender pleitos de partidos, inclusive do PP. A leitura, feita nas coxias do PSB, carrega ainda o entendimento de que a relação com o PP se encontra, hoje, aos “trancos e barrancos”.
O PSB não quer perder o aliado, mas também não está disposto a tantos gestos após ruídos recentes, que renderam feridas abertas, ainda, de ambos os lados. Ao não contemplar o PP com as recentes nomeações ou, ao menos, ao não compensar o espaço perdido, o governador estaria dando sinais de que a tendência é mesmo de um rompimento iminente.
Há quem diga, nos corredores do governo que, primeiro sairão “as cabeças” e depois “o corpo”. Em outras palavras, as exonerações se darão à prestação e vão ocorrendo como “sinais”. Ou “recado” mesmo. No PP, o sentimento predominante é o de que “ninguém está na fase de escutar recado”, mas , sim, de obter “posição”.
Na legenda, se trabalha, agora, com uma tese de que só uma ida do deputado Silvio Costa Filho para vice de Danilo Cabral salvaria a permanência do PP na Frente Popular. Progressistas dizem aguardar posição oficial do dirigente estadual do Republicanos sobre isso. Ele aceitar ser vice “daria um molho de centro à chapa”, segundo avaliação do PP, e configuraria perspectiva maior à candidatura de Danilo. No PSB, no entanto, tal projeção do PP não ganha acolhimento. Na legenda, se realça que Silvio Costa Filho não quer ser vice, embora fosse “excelente” opção”.
Fonte – Folha PE
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