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Acampamento de bolsonaristas em Caruaru será alvo de procedimento do MPF

O Ministério Público Federal em Caruaru vai instaurar um procedimento para apurar a instalação de um acampamento por manifestantes que questionam o resultado das eleições. O Blog Cenário consultou o MPF-PE sobre o alojamento irregular montado na Estação Ferroviária, que é área valorada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Por nota, a assessoria de imprensa informou nesta terça (8), que o procurador da República Luiz Antônio Miranda Amorim Silva decidiu abrir uma notícia fato para analisar o caso.

Os protestos golpistas realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram início, em Caruaru, por volta das 23h do dia 31 de outubro. Na ocasião, os manifestantes promoveram o fechamento das BRs 232 e 104 por cerca de 36 horas.

Na quarta-feira (2), eles saíram das rodovias e montaram um acampamento no pátio da Estação Ferroviária, em frente ao Tiro de Guerra da cidade. No local, além de veículos, já foi possível registrar reboques, barracas, mesas e cadeiras, caixa de som e até televisão, entre outros utensílios. Todo o espaço da Estação Ferroviária, que conta também com o pátio e o armazém, faz parte do Patrimônio Ferroviário do país, sendo protegido pelo Iphan.

Em contato breve com a Fundação de Cultura de Caruaru, ainda na quinta-feira passada (3), o blog questionou se era preciso alguma autorização municipal para montar o acampamento. De pronto nos foi informado que os manifestantes não tinham qualquer permissão e que a Fundação iria comunicar à Secretaria de Ordem Pública a necessidade de atuação no espaço.

A Secop, por sua vez, que tem atuação rígida quanto a ambulantes que não possuem cadastro para trabalhar, por exemplo, tem feito vista grossa com os bolsonaristas, não adotando qualquer medida efetiva desde então.

No mesmo dia em que a Fundação de Cultura foi provocada, nossa reportagem pediu nota à Secretaria de Ordem Pública sobre a situação, mas a resposta não chegou. Nesta terça, questionamos mais uma vez se há retorno sobre o que deve ser feito no local e, pelo WhatsApp, a assessoria foi breve: “nada ainda”.

Fonte – Blog Cenário 

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