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Álvaro Porto diz que demora das cirurgias em crianças com microcefalia evidencia ineficácia da saúde em PE

Ao analisar reportagem publicada recentemente pela Folha de São Paulo e veiculada também pelo Terra e Deutsche Welle, tratando da falta de assistência e da demora das cirurgias ortopédicas em crianças com microcefalia causada pelo Zika, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, avaliou que a precariedade da saúde pública em Pernambuco continua preocupando os pernambucanos. Afirmou também que a Alepe continuará cobrando eficiência no atendimento à população. 

A reportagem destaca que as crianças com a síndrome congênita “estão com acesso reduzido a tratamentos terapêuticos e privadas das cirurgias”. Descreve o drama das mães que têm que percorrer longas distâncias do interior até o Recife em busca de tratamento. Traz também relatos que atestam a morosidade dos atendimentos, a dor física extrema e a perda da qualidade de vida das crianças. Ressalta ainda que a falta de material para a realização dos procedimentos tem inviabilizado e adiado cirurgias. 

De acordo com o deputado, esta situação é desumana e reafirma a incapacidade do governo do estado de solucionar a questão. “Fizemos audiência pública, ainda em abril, com a União de Mães de Anjos em Pernambuco, profissionais da rede estadual e a secretária de Saúde para chamar a atenção para o drama das crianças e seus familiares que sofrem há anos com a demora, o silêncio e a ineficiência do Estado. Agora, a reportagem constata que a situação continua a mesma e a angústia e o sofrimento das crianças também. É inadmissível que esta situação continue a acontecer sem que o estado se mobilize para agilizar o atendimento”, disse.

Na época da audiência, foi informado que as operações para 139 pacientes com indicação do procedimento representavam cerca de R$ 5 milhões. Foi lembrado também que enquanto negligenciava no atendimento às crianças, o Governo de Pernambuco contratara a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein para realizar consultoria na área de gestão de seis grandes hospitais da rede estadual de saúde, ao custo de R$ 23,2 milhões.

Emergencial – As cirurgias corretivas de luxação dos quadris são fundamentais para permitir o desenvolvimento ósseo das crianças, aliviando ainda a dor que, muitas vezes, nem mesmo morfina consegue aplacar. “As intervenções têm caráter emergencial, isto porque o sofrimento físico das crianças é constante. As cirurgias permitem um mínimo de qualidade de vida para os pacientes e para as mães que cuidam diariamente dos seus filhos e filhas. Vamos continuar cobrando a ação do governo. É importante que sejam criadas soluções com a iniciativa privada e instituições filantrópicas para que se garanta o tratamento e as cirurgias”, completou Porto.

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