Advogado de Gilson Machado indagará ao STF sobre as razões da prisão do ex-ministro
O advogado Célio Avelino vai impetrar nesta sexta-feira (13) ação no Supremo Tribunal Federal (STF) indagando sobre as razões da prisão do seu cliente Gilson Machado, que, segundo ele, não foram apresentadas pela Polícia Federal na detenção do ex-ministro.
“A Polícia Federal recebeu apenas os mandados de prisão e de buscas e não o despacho do STF com os fundamentos da prisão preventiva”, afirmou ele ao Blog, pouco antes de acompanhar o exame de corpo de delito do seu cliente no IML (Instituto Médico Legal), procedimento de praxe em mandados de prisão preventiva.
Célio Avelino reafirmou os termos da nota enviada por Gilson Machado à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, segundo os quais fez contato com o consulado de Portugal no Recife para agendar a renovação do passaporte do pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães.
De acordo com Avelino, Gilson Machado não foi ao consulado e quem acompanhou o pai na obtenção da renovação foi um irmão dele. O advogado afirmou ainda que o último contato do ex-ministro com o tenente-coronel Mauro Cid, delator da investigação sobre o suposto golpe de Estado em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), ocorreu no final de 2022, após as eleições presidenciais.
A informação divulgada pela imprensa é de que Gilson Machado foi preso por tentar obter no consulado um passaporte para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que configuraria tentativa de obstruir as investigações sobre o suposto golpe de Estado.